quinta-feira, 12 de julho de 2012
Candidato a vereador, PM herói de Realego, diz que sabe como evitar corrupção
A roupa nova, encomendada especialmente para a campanha, imita a farda que há
20 anos veste o sargento PM Marcio Alves em dias de serviço. Mas o trabalho
agora é outro: convencer o eleitorado de que ele merece uma das 51 cadeiras da
Câmara Municipal do Rio. O policial que ficou conhecido por encerrar uma
tragédia — ele matou Wellington Menezes, o homem que assassinou 12 alunos da
Escola municipal Tasso da Silveira, em Relengo, em abril do ano passado — vai
ser candidato a vereador.
— Depois do que aconteceu, eu recebi muitos convites de partidos. Nunca tinha
pensado em ser político. Fui pedir um aval para as famílias das crianças,
expliquei que não quero me aproveitar da tragédia. Eles entenderam, mas sei que
muita gente vai me acusar disso — conta o sargento, que se candidata pelo
PMDB.
Na plataforma de campanha, a segurança nas escolas é prioridade, “para evitar
que outra situação assim aconteça”. Voluntário há três anos em uma escolinha de
jiu-jitsu em Paciência, na Zona Oeste, Marcio Alves também pensa em criar
projetos na área esportiva.
— É um jeito de tirar a criançada da rua. Também vou priorizar a questão dos
deficientes, se eu for eleito — ressalta.
O sargento — que declarou ao TRE ter apenas uma casa avaliada em R$ 30 mil —
se prepara para encerrar a entrevista, afirmando que sabe bem lidar com os
assédios da corrupção sem se envolver com ela. E pede voto.
— Conto com você.
EXTRA
0 comentários:
Postar um comentário