O embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, descartou, por ora, a
execução de Marco Archer Cardoso Moreira, 50, condenado à morte na Indonésia por
tráfico internacional de drogas.
A resposta ocorre após intervenção da
presidente Dilma Rousseff, do chanceler Antonio Patriota e do embaixador
Soares.
Segundo o Itamaraty, as "tratativas ocorrem em alto nível", diretamente
com o presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono.
Na semana passada, Soares se reuniu com representantes do Secretaria de
Estado da Indonésia, órgão ligado à Presidência. Ouviu, segundo ele, que não há
nenhuma definição ainda sobre o fuzilamento do brasileiro Marco Archer.
O embaixador disse ter sido informado que o presidente Yudhoyono não
respondeu ao segundo pedido de clemência feito em favor do brasileiro. Archer só
poderia ser executado se houvesse uma negativa ao pedido.
"Foi um alívio", disse o embaixador, que viajou na terça-feira retrasada
para Cilacap, a oito horas de trem de Jacarta, para visitar o brasileiro e
"tranquilizá-lo".
Até então, o próprio Itamaraty acreditava que o segundo pedido de
clemência havia sido rejeitado pelo presidente indonésio.
A tensão foi deflagrada a partir de semana passada, quando um procurador
declarou ao "The Jakarta Post" que Archer seria executado nas próximas semanas,
ao lado de dois estrangeiros também condenados à morte.

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