O navio afundado no litoral cearense desde sexta-feira (29) derramou oito mil
litros de óleo segundo boletim divulgado nesta quarta-feira (4) pela Capitania
dos Portos. A capitania diz que parte do óleo foi retirada do mar e a mancha não
atingiu a praia. O gabinete de crise, formado pela Capitania dos Portos e
Companhia das Docas, afirma ainda que os pontos de vazamento foram localizados e
todos fechados. Com a vedação, segundo os órgãos responsáveis pela operação, não
há mais vazamento no navio.
Foi aberto um inquérito para as causas do
afundamento e do vazamento, que deve ficar pronto em cerca de 90 dias. Ainda de
acordo com órgãos que realizam as operações de prevenção, uma série de medidas
estão sendo adotadas no local, como o monitoramento nas proximidades por
mergulhadores; ações imediatas a bordo do navio para localizar e tapar
vazamentos; observação e limpeza da área. Até o momento, segundo o gabinete de
crise que coordena a operação, nenhuma detecção de resíduos nas praias foi
informada.
Segundo a Capitania dos Portos, o navio ficou retido e ancorado
em Fortaleza devido a diversas irregularidades, entre elas uma dívida de US$ 565
mil. Antes de afundar, a Capitania dos Portos planejava leiloar o navio e a
mercadoria para que a empresa pudesse pagar as dívidas.
O navio começou a afundar na madrugada de quarta-feira (27). Na
sexta-feira, somente a chaminé da embarcação podia ser vista do lado de fora da
água. O navio Mercante Seawind tinha bandeira do Panamá e é de propriedade de
uma empresa com sede na cidade de Varna, na Bulgária. A embarcação com carga de
granito estava ancorada em Fortaleza na área do Porto do Mucuripe por decisão
judicial. O navio ancorou em Fortaleza para abastecer o combustível quando vinha
do Espírito Santo e tinha a Itália como destino.

Nenhum comentário:
Postar um comentário