sábado, 23 de junho de 2012
Homem que matou enteada registrou seu desaparecimento e espalhou cartazes pelas ruas
“Frio e calculista”. É assim que familiares de Luanny Victoria classificam
Paulo Roberto Amaral, criminoso que teria estuprado e estrangulado a menina.
Segundo a familia, a mãe de Luanny, Leila Márcia Ângelo, de 32 anos, saiu de
casa para trabalhar por volta das 6h30m. Paulo Roberto teria permanecido na
residência com Luanny e uma irmã, de sete anos. Essa menor conta que, enquanto
dormia, sentiu o padrasto retirá-la de cima de Luanny na cama. Ao acordar, ele
pediu que ela virasse o rosto para parede, mas ela acabou adormecendo.
Neste momento, Paulo teria estuprado e depois estrangulado Luanny. A menina
de sete anos conta que, ao acordar, sentiu falta da irmã e foi para a rua com
sua foto, à procura. Ela informou a situação aos familiares, que saíram para
procurar a desaparecida. Às 13h, uma irmã de Leila ligou para Paulo, que
informou que estava em Bonsucesso. Às 13h30, a família encontrou com ele próximo
da casa onde o casal morava. Paulo foi à delegacia com a esposa e espalhou
cartazes de "desaparecido".
Na noite de ontem, ao ser pressionado pela família de Luanny e por seu
próprio pai, ele confessou o crime. Por telefone, pediu desculpas para Leila e
disse que não sabe porque matou a menina. Segundo a família, ele diz apenas que
"matou um anjo".
Paulo se entregou à 32ª DP (Taquara) na manhã deste sábado. Polícia já
constatou sinais de estupro, que serão confirmados com o laudo pericial. Paulo
será indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Polícia localiza corpo com sinais de estupro
A polícia localizou no fim da manhã deste sábado, no bairro de Curicica, o
corpo da menina Luanny Victoria, de 2 anos e quatro meses, estuprada e
estrangulada pelo padrasto Paulo Roberto do Amaral de Lima, 21 anos, na última
quinta-feira. Ele praticou o crime dentro da própria casa onde morava com a mãe
de Luane, com quem tem uma filha de seis meses.
De acordo com o tio da menina, Antônio Cisney Ângelo, 30 anos, depois de
estuprar e matar a enteada, Paulo contou a polícia que colocou o corpo em uma
bolsa preta e o levou de bicicleta até uma mata próximo de onde mora.
— O Paulo e minha irmã se conheceram há dois anos, quando trabalhavam em uma
fábrica de tortas. Ele sempre tratou bem a menina e nunca desconfiamos de nada —
lamenta Antônio
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