sexta-feira, 2 de março de 2012

POR FAVOR, SÓ LEIAM SE FOR TORCEDOR DO VITÓRIA


A Verdade sobre a saída de Chumbinho. Por: Leonardo Leão.


Saiba porque o executivo de sucesso desistiu de exercer sua função no Vitória, como o conselho influencia no comando do futebol, e porque Alexi Portela permite interferências em campo.
27 de julho de 2011 à 15 de fevereiro de 2012. Foi tempo suficiente para o cotado executivo do futebol Newton Drummond perceber que no Vitória, as coisas são diferentes.
Contratado para exercer a função de Diretor de Futebol, Chumbinho, como é chamado no meio esportivo, poderia ter mudado a história recente e próxima do Esporte Clube Vitória.
 Não que ele fosse o salvador da pátria, longe disso. Mas a torcida viu nele, a chance de acabar com o “circo” que é o Departamento de Futebol do Vitória. Entra e sai de diretores, gerentes, pessoas que não sabem nem qual cargo ocupam, muito menos sua real função no clube. A saída para a vida longa: Ser apenas servo de conselheiros, Presidentes e Vices. Chumbinho percebeu isso e logo percebeu que não seria possível encarar a cultura existente no clube. Bater de testa com essa filosofia de trabalho é dar “soco em ponta de faca”. E logo seria o bode espiatório para o primeiro fracasso de 2012. A não ser que se submetesse às ordens de alguns conselheiros.
Na sua entrevista a um jornal local, Chumbinho teve o cuidado de escolher bem as palavras quando disse o motivo de sua saída: “…Eu entendi que não iria conseguir realizar meu trabalho adequadamente. No meu entendimento, a mudança de cultura necessária seria muito forte. A cultura de como se faz futebol no Vitória hoje é de participação. Todos querem participar, no entendimento de que, são pessoas que se dedicaram em outros momentos com funções de mais responsabilidade, hoje são conselheiros e querem ajudar. Eu não enxerguei que poderia alterar uma cultura que está arraigada no Vitória. Não é uma crítica, é uma constatação. É a minha visão de que o futebol está em outro momento. Não me senti confortável e acertei com o (presidente) Alexi Portela, que foi bastante compreensível….
Em outro trecho, quando indagado se seria possível mudar essa cultura do clube, o mesmo enfatizou: “Eu teria que convencer as pessoas de que é preciso existir um profissionalismo, que as coisas precisam ser decididas na diretoria de futebol e levadas ao presidente pra ele ratificar ou retificar. O Vitória ainda tem interferências, pessoas que se dedicam durante anos ao clube e entendem que devem participar. Eu entendi que não seria adequado o esforço de tentar alterar isso. Ainda com a distância da família, sete horas de viagem… A distância entre Salvador e Porto Alegre é muito grande. Entendi que eu era muito caro para o Vitória e não iria conseguir fazer o que eu entendo que é preciso fazer num clube de futebol…
Chumbinho se refere a alguns conselheiros, quando diz: “Eu iria ter que estar toda hora explicando o que é a minha função, isso seria um desgaste muito grande e aí bateria de frente com pessoas que são torcedores do Vitória desde criança. Eu sou executivo.
Esses conselheiros, que outrora exerceram funções importantes no clube, até hoje se sentem donos do mesmo, e, sempre “em prol do Vitória”, continuam influênciando desde contratações à escalação de jogadores, ingerindo no trabalho de treinadores, diretores e executivos da segunda linha.
O Vitória é hoje, estruturalmente sinônimo de Ingerência, descrita pelo pai dos burros como “Intrometer-se numa coisa sem autorização: ingerir-se nos negócios de outrem”. E ai de quem for contra a isso. O Canal ECVitoria ao longo dos seus quase 15 anos de vida, teve e tem dentre seus colaboradores diversos conselheiros. Maior parte deles conseguiu notoriedade por causa do Canal, e de seus esforços para melhorar o clube. Mas sempre que em assembléia, tentam expor suas opiniões, muitas vezes contrárias a dos mais antigos “Leões do Conselho”, tem seu microfone cortado, ou coisa pior.
Ledo engano acreditar que os insucessos recentes e futuros do clube são culpa de treinadores e jogadores. O buraco é muito mais embaixo. Ou melhor, em cima. E para manter o apoio do conselho, Alexi Portela não moverá uma palha para tentar impedir esse tipo de ingerência.
Breve assistiremos novos capítulos dessa novela. Jogadores que haviam sido cortados do time principal estão voltando por “sugestão” dos conselheiros, para “o bem” do clube. O treinador suportará isso?
Enquanto isso, precisamos tentar fazer algo a mais pelo clube. o Movimento Somos Mais Vitória está tentando fazer sua parte. Fica a sugestão para quem não aceita o rumo atual do glorioso Esporte Clube Vitória.

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