domingo, 5 de junho de 2011
CASO BRUNO: HÁ UM ANO, GOLEIRO JOGAVA SUA ÚLTIMA PARTIDA PELO FLAMENGO
“Vivemos um momento difícil. A torcida está acostumada às vitórias. A única saída é trabalhar e trabalhar, porque nenhuma fase ruim dura para sempre”. Há exatamente um ano, estas foram as palavras do goleiro Bruno, logo após a derrota do Flamengo para o Goiás, pelo Brasileiro de 2010. Foi a última partida dele pelo clube. O então capitão rubro-negro nem sonhava que a sua vida mudaria drasticamente um mês depois.
O Flamengo vencia aquela partida por 1 a 0, gol de Toró, até os 40 minutos do segundo tempo. Até que Hugo empatou. Aos 42m, Otacílio Neto, que fazia sua estreia pelo Goiás, virou. E jamais imaginaria que aquele seria o último gol levado por Bruno, antes de ser preso acusado de matar a ex-amante Eliza Samudio.
— Eu me lembro bem daquele jogo. Sofri a falta que resultou o primeiro gol, e tive a felicidade de anotar o segundo. O Bruno não segurou o chute do Douglas e eu aproveitei o rebote para balançar a rede. Nem imaginava o que viria depois — conta Otacílio, hoje reserva do Corinthians.
Na época, a torcida reclamou que o clube precisava de reforços. Bruno fez coro com as reclamações.
— Não adianta lamentar. A torcida pode ficar tranquila porque a diretoria vai contratar e encorpar esse grupo com jogadores experientes — disse, depois daquele jogo.
Caso Bruno: Há um ano, goleiro jogava sua última partida pelo Flamengo Foto: Pablo Jacob / Extra
O tempo passou e a suspeita de que Bruno teria assassinado a ex-amante Eliza Samudio veio à tona. No dia 1º de julho, o camisa 1 ainda treinou pela última vez no Ninho do Urubu e falou uma frase que até hoje ecoa.
— Ainda vou rir muito disso tudo — afirmou.
Só se ele estiver rindo na cadeia. Desde o dia 9 de julho, Bruno está preso preventimante na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O julgamento ainda não tem data marcada.
Mesmo preso, Bruno ainda sonha retomar a carreira. Ele mantém uma rotina de treinos na prisão. Mas o gramado da época de profissional virou apenas um espaço de cimento. O turno integral, que muitos jogadores reclamam, ficou único. São apenas duas horas diárias durante o aguardado banho de sol. O futuro de Bruno agora está no banco dos réus.
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