domingo, 5 de junho de 2011

SETE ANOS SEM ADILSON CRUZ


jair Aragão amigo-irmão do poeta Adilson Cruz
Quem teve o prazer de conviver com o poeta, professor de informática, atendente de farmácia, funcionário público, o mangabeirense autor do hino da cidade Adilson Cruz, sabe o quanto ele marcou como filho, esposo, colega e amigo nesta rápida passagem no convívio conosco. Parece que foi ontem, quando no final de tarde sombria, eu voltava da cidade de Ilhéus, ao passar nas imediações do município de Sapeaçu, vi um movimento de acidente. Perguntei aos curiosos detalhes do acidente e um cidadão informou-me que um motoqueiro se envolveu numa colisão com um veículo, e que, o motoqueiro foi conduzido ao hospital de Cruz das Almas em estado grave. Por volta das 19:00 hs. ao chegar em Governador Mangabeira tive a má notícia da vítima fatal: O motoqueiro era meu amigo-irmão Adilson Cruz. O poeta que deixou o esboço de um livro de nossa autoria com o título de A TRISTE REALIDADE. Até parece que Adilson previa que tínhamos que conviver com esta TRISTE REALIDADE. Neste 05 de junho está completando sete anos sem Adllson Cruz, mas ele continua vivo nas suas poesias a exemplo de:

EU SOU

Sou como um pássaro a beira de um rio
Sou como uma estrada que a nada conduz
Sou como o céu sem estrelas
Sou como estrela sem luz

Sou como jardim sem flores
Ou que murcham com o tempo
Sou como nuvens poluídas
Empurradas pelo vento

Sou como coração que chora
Quando perde um grande amor
Sou como uma cicatriz
Que o tempo não apagou

Sou como um sonhador
Que não desiste de sonhar
E busca a realidade
E se dispõe a lutar

Sou como lágrimas que caem
Dos olhares tristes
Sou como os tristes pensamentos
Dos amantes que persistem

Sou como tristeza perdidas
Procurando alegria
Sou como rio sem peixes
E carnaval sem fantasia

Autor: Adilson Cruz
Extraída do livro A Triste Realidade

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