terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Prostitutas de BH têm aulas grátis de inglês para se preparar para a Copa
A ideia é ensinar o básico. “Fruits” (frutas), por exemplo. Mas
o “vocabulário técnico”, como “condom” (preservativo), também estará presente em
aulas de inglês que prostitutas de Belo Horizonte terão para receber os turistas
na Copa de 2014.
“Elas vão aprender frutas, verduras, legumes. Mas algumas
palavras a gente pode trabalhar mais, no sexo, no fetiche”, diz Cida Vieira, 46,
presidente da Associação de Prostitutas de Minas Gerais.
Cerca de 20 garotas de programa já se inscreveram para
participar do curso gratuito, organizado pela instituição. A expectativa de Cida
é que até 300 das 4.000 associadas frequentem as aulas até o final do ano.
As classes de idiomas já têm local para acontecer: uma sala
cedida pela Associação dos Amigos da Rua Guaicurus (zona de prostituição de Belo
Horizonte).
VOLUNTÁRIOS – O grupo busca professores
voluntários. A vice-presidente Laura do Espírito Santo, 54 (mas “colocando muita
menina de 20 no chinelo”), diz que a associação já conta com psicólogos e
médicos voluntários, o que a faz acreditar que não haverá dificuldade.
Se for preciso, porém, serão contratados profissionais.
A ideia é que o curso dure entre seis e oito meses e que as
primeiras turmas tenham início até março. A associação planeja ainda aulas de
francês e italiano.
QUALQUER PROFISSÃO – Para Pollyana Temponi,
27, “profissional do sexo há três”, o inglês vai servir para negociar preço e
combinar como vai ser o programa com o cliente.
“Hoje em dia em qualquer profissão você tem que saber inglês”,
diz.
Outras sonham mais alto: “Vou fazer o curso porque a única
coisa que sei falar hoje é ‘I love you’. É inglês, né? Te amo? Isso fica difícil
falar. Mas talvez, quem sabe? Posso me apaixonar”, diz a prostituta C., 54, que
não quis ter seu nome divulgado.
agravo
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