segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Rio Paraguaçu passa por 'período crítico'; Inema aguarda chuvas na próxima semana
Em
meio à crise hídrica que afeta o estado de São Paulo, o Bahia Notícias
procurou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), para
verificar a situação do Rio Paraguaçu, maior rio genuinamente baiano,
origem da água que abastece a capital baiana – que também é atendida
pelo Rio Joanes. Segundo o coordenador de monitoramento do órgão,
Eduardo Topázio, o rio atravessa “um período crítico de vazão” em
algumas regiões, mas é aguardado o início do período de chuvas já na
próxima semana. “De fato está em período crítico de vazão, o nível tem
baixado muito nos últimos dias, mas estamos próximo do período de
chuvas. A expectativa é de que as chuvas já comecem nesta semana, o
suficiente para que o rio comece a voltar a níveis normais”, explica
Topázio. Entre as regiões com situações mais críticas, como Santa
Teresinha e Vitória da Conquista, ambas no sudoeste do estado, está o
município de Itaeté, no centro-sul baiano, onde fica a barragem Bandeira
de Mello. “Há alguns trechos, em áreas onde tem estações de
monitoramento, em que a gente analisa diariamente nas estações. O que se
observou é que nas últimas 96 horas o rio tem baixado permanentemente
nos últimos quatro dias e reduziu 5 metros do seu tamanho, o que
significa que passou de 4,7 para 4,2 metros cúbicos”, apontou. Ele
ressalta, no entanto que Salvador e a região metropolitana integram uma
região “privilegiada” e não são ameaçadas por problemas no fornecimento
“nem eminentes, nem a curto prazo”. “O Rio Paraguaçu nasce na região
semiárida, então nós consumimos água de lá, pelo que chamamos
transposição de bacia. Se fala muito da transposição do São Francisco,
mas o que fazemos aqui [com o Paraguaçu] também é isso. A barragem de
Pedra do Cavalo é monstruosa, uma das nossas maiores barragens, sem
contar Sobradinho, Xingó... Tem uma capacidade gigantesca. Além do
Paraguaçu, nossa água também vem do Joanes, claro que do Paraguaçu em
maior número. Então temos reserva garantida, 21 metros cúbicos por
segundo para atender Salvador e só usamos 7. A gente nem usa tudo que
precisa”, diz. Segundo o coordenador, os riscos para os soteropolitanos e
moradores da RMS estão relacionados “menos à quantidade e mais à
qualidade”, devido ao avanço desordenado das cidades próximo aos
mananciais.
FONTE: BAHIA NOTÍCIAS
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