sexta-feira, 9 de março de 2012

AFONSO FLORENCE DEIXA O MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO



 O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, saiu do governo nesta sexta-feira, e será substituído pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS). Florence (PT-BA) voltará para a Câmara dos Deputados para "cuidar de projetos políticos pessoais". Em nota à imprensa, a presidente Dilma Rousseff agradeceu "os inestimáveis serviços prestados" por Florence, que continuará contando com sua "estima e total confiança" na Câmara e em outras funções que venha a exercer. A posse do novo ministro ainda não está marcada.
A nota diz ainda que Florence conduziu "com dedicação e eficiência ações que fortalecem a agricultura familiar e contribuíram para a redução da pobreza no campo e para a promoção da inclusão social". Ele deixa o cargo, segundo o Palácio do Planalto, "depois de dar importante colaboração ao governo e ao país". A presidente desejou "boa sorte" a Vargas, "certa de que ele exercerá as novas funções com o mesmo empenho e compromisso que têm caracterizado sua vida pública".
Florence era considerado um ministro muito apagado por setores do governo e não conseguiu construir uma boa relação com os movimentos ligados à reforma agrária. Ele foi pego de surpresa. A assessoria do MDA já havia divulgado a agenda dele, na próxima terça-feira, em Maceió. Florence participaria da entrega de retroescavadeiras a 31 municípios de Alagoas, dentro do programa do governo federal de financiamento da construção e recuperação de estradas vicinais.
Apesar dos elogios da presidente na nota à imprensa, o desempenho de Florence no Ministério do Desenvolvimento Agrário não agradava ao Planalto nem aos movimentos sociais ligados à reforma agrária. Somente após um ano de governo, a presidente assinou seu primeiro lote de desapropriações de terras para reforma agrária. Foram desapropriadas 60 fazendas, em 13 estados, que devem atender 2.739 famílias.
A saída do ministro enfraquece o poder de Jaques Wagner no governo federal e amplia o espaço dos gaúchos, que já ocupam o Desenvolvimento Social (Tereza Campello), a Advocacia Geral da União (Luís Inácio Adams), os Direitos Humanos (Maria do Rosário), o Banco Central (Alexandre Tombini), a Agricultura (Mendes Ribeiro Filho), a Ciência e Tecnologia (Marco Antônio Raupp) e a chefia de gabinete da Presidência (Giles Azevedo).
FONTE: O GLOBO

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